segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Governo francês tenta esclarecer polêmica sobre Ramsés 2º




O Ministério de Assuntos Exteriores francês assegurou hoje que entrou em contato com as autoridades do Egito para esclarecer a polêmica criada pela venda na internet de mechas de cabelo da múmia de Ramsés 2º.
Um homem foi detido na França por vender mechas de cabelo da múmia. O pai do vendedor teria cortado as mechas quando a múmia foi enviada do Egito para a França, em 1976, para identificação das causas de um estranho mal que deteriorava os restos mortais do faraó.

O porta-voz do ministério, Jean-Baptiste Mattéi, assegurou hoje à imprensa que a França está em solidariedade com as autoridades egípcias, mantendo constante contato.

A França espera os resultados da investigação, aberta pelo Escritório Central de Luta contra o Tráfico de Bens Culturais, sobre o caso --descoberto com o anúncio no site de vendas www.vivastreet.fr. O anúncio ficou publicado no site até o começo da tarde de ontem, acompanhado de fotos e supostos documentos de autenticidade.

O ministério disse que não havia recebido uma queixa escrita das autoridades culturais egípcias e afirmou que a cooperação entre os países, no âmbito da arqueologia, não será afetada pelo caso.

A arqueóloga Christiane Desroches-Noblecourt, que fez parte da equipe de arqueólogos franceses que participaram da transferência da múmia de Ramsés 2º, em 1976, disse hoje a uma emissora de rádio que o roubo das mechas do cabelo do faraó lhe parece "inverossímil", porque os restos ficaram o tempo todo sob controle dos cientistas.

Segundo a arqueóloga, se for confirmada a autenticidade do cabelo, "seria uma vergonha e um escândalo. É uma relíquia e não se pode 'brincar' com uma múmia única no mundo". A múmia de Ramsés 2º, que reinou entre 1279 e 1213 a.C., está conservada no Museu do Cairo.

Um comentário:

Alice Gonçalves disse...

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