terça-feira, 30 de outubro de 2007

A maldição do faraó Tutankamon



“A morte abaterá com suas asas quem perturbar o sono do faraó”.

Esta foi a frase encontrada no dia 22 de novembro de 1922, quando a equipe do arqueólogo Howard Carter decifrou os hieróglifos do portal do mausoléu do faraó Tutankamon, morto em 1346 a.C.. Coincidência ou não, sete anos depois, treze membros da equipe haviam morrido de forma inexplicável. Outras nove pessoas que tiveram contato com a múmia também estavam mortas.

A primeira morte aconteceu em abril de 1923. O Conde de Carnarvon, aristocrata inglês, que acompanhou Carter e financiou a expedição, começou a agonizar em seu quarto, em Luxor, no Egito. Os médicos falaram que a causa da febre alta era alguma moléstia provocada por picadas de mosquitos. Mas sua irmã, Lady Burghclere, disse que ouvia o doente mencionar o nome Tutankamon em meio aos delírios: “Já entendi seu chamado... eu o seguirei!”.

O arqueólogo americano Arthur Mace, que havia ajudado Carter a destroçar os muros do mausoléu, teve uma morte ainda mais fulminante pouco tempo depois do falecimento de Carnavon. Por vários dias, ele se queixou de uma sensação de fraqueza e prostração crescentes, perdendo a consciência em certos momentos. Morreu em um hotel, antes mesmo que os médicos pudessem arriscar um diagnóstico.

O milionário americano George Jay-Gould foi outra vítima fatal. Ele esteve no sepulcro a convite de Carnarvon, que era um velho amigo, e morreu na tarde seguinte à visita, também atacado pela febre.

Archibald Douglas Reed, que desenrolou e radiografou a múmia, morreu com os mesmos sintomas ao retornar à Inglaterra, em 1924. O secretário de Howard Carter, Richard Bethell, foi encontrado morto em sua casa em Londres. Tinha boa saúde e ninguém entendeu a razão da morte. No mesmo ano, em 1929, a viúva de Lord Carnarvon, Lady Almina, morreu em circunstâncias semelhantes às do marido.

A maldição do faraó Tutankamon entrou para a história como um dos fatos mais inexplicáveis que já desafiaram os arqueólogos. Muitos acreditaram em uma força sobrenatural. Isso porque encontraram vários textos no sepulcro que diziam, por exemplo, “Eu sou aquele que fez fugir os saqueadores dos túmulos com a chama do deserto. Eu sou aquele que protege o túmulo do faraó”.

Outros já afirmavam que as mortes dos exploradores estrangeiros eram mais do que justas, pois eles haviam realizado uma verdadeira pilhagem das riquezas do túmulo de Tutankamon. Comentava-se, inclusive, que Lady Evelyn, filha do conde, freqüentava festas em Londres ostentando as jóias encontradas no sepulcro. Além disso, seu pai montou uma imensa coleção de raridades egípcias. De acordo com os registros, o arqueólogo Carter encontrou 200 quilos de ouro maciço decorando o túmulo do soberano.

A maldição do faraó nunca foi totalmente esclarecida. Mesmo assim, os cientistas ainda se admiram com a eficiência dos embalsamadores egípcios. Em 1987, na cidade de Lyon, França, equipes de arqueólogos e médicos realizaram, pela primeira vez, uma autópsia completa na múmia de um nobre enterrado há mais de 2.500 anos.

Os resultados deixaram os pesquisadores estarrecidos. Os tendões da mão direita da múmia mantinham o tom rosado. Os pés estavam perfeitamente conservados, com todos os dedos. As vísceras tinham sido retiradas e a cavidade tratada com resinas especiais. No interior do crânio, sem o cérebro, os sacerdotes tinham colocado betume, um material semelhante ao asfalto. Todos os ossos estavam intactos.

O mesmo teria acontecido com a múmia de Tutankamon, se não fosse a imprudência dos pesquisadores. Conhecido como faraó-menino, ele morreu possivelmente aos 18 anos, num acidente com uma carruagem puxada por vários bois. Nos séculos em que esteve sepultado, sofreu menos danos do que nos 75 anos de contato com os vivos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Governo francês tenta esclarecer polêmica sobre Ramsés 2º




O Ministério de Assuntos Exteriores francês assegurou hoje que entrou em contato com as autoridades do Egito para esclarecer a polêmica criada pela venda na internet de mechas de cabelo da múmia de Ramsés 2º.
Um homem foi detido na França por vender mechas de cabelo da múmia. O pai do vendedor teria cortado as mechas quando a múmia foi enviada do Egito para a França, em 1976, para identificação das causas de um estranho mal que deteriorava os restos mortais do faraó.

O porta-voz do ministério, Jean-Baptiste Mattéi, assegurou hoje à imprensa que a França está em solidariedade com as autoridades egípcias, mantendo constante contato.

A França espera os resultados da investigação, aberta pelo Escritório Central de Luta contra o Tráfico de Bens Culturais, sobre o caso --descoberto com o anúncio no site de vendas www.vivastreet.fr. O anúncio ficou publicado no site até o começo da tarde de ontem, acompanhado de fotos e supostos documentos de autenticidade.

O ministério disse que não havia recebido uma queixa escrita das autoridades culturais egípcias e afirmou que a cooperação entre os países, no âmbito da arqueologia, não será afetada pelo caso.

A arqueóloga Christiane Desroches-Noblecourt, que fez parte da equipe de arqueólogos franceses que participaram da transferência da múmia de Ramsés 2º, em 1976, disse hoje a uma emissora de rádio que o roubo das mechas do cabelo do faraó lhe parece "inverossímil", porque os restos ficaram o tempo todo sob controle dos cientistas.

Segundo a arqueóloga, se for confirmada a autenticidade do cabelo, "seria uma vergonha e um escândalo. É uma relíquia e não se pode 'brincar' com uma múmia única no mundo". A múmia de Ramsés 2º, que reinou entre 1279 e 1213 a.C., está conservada no Museu do Cairo.

Cleópatra


A mais famosa rainha do Egito Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele país. Filha de Ptolomeu XII com sua irmã, ela subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade, após a morte do pai. Contudo, ela teve que dividir o trono com seu irmão, Ptolomeu XIII (com quem casou), e depois, com Ptolomeu XIV.

Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas ( diamantes, esmeraldas, safiras e rubis ), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares.

A luta pelo poder entre ela e seus irmão gerou uma forte instabilidade política e econômica para o Egito. Diante disso, ela acabou exilada e decidiu pedir o auxílio de Roma ( atual Itália ).
Sedutora e extremamente inteligente, ela sabia utilizar-se muito bem do poder que detinha. Num plano audacioso e arriscado, ela enviou a si própria, embrulhada dentro de um tapete, como presente a Julio César. Após desenrolar-se do tapete, seu argumento foi tão ousado quanto seu plano, ao dizer que havia ficado encantada com as histórias amorosas de César e assim queria conhece-lo. Tornaram-se amantes e ele a ajudou assassinar seu irmão em 51 A.C. Após isto, ela tornou-se a rainha e foi para Roma, onde deu a luz a Cesarion.

A rainha retornou à terra natal após o assassinato de César, em 44 a.C. Ainda mais ambiciosa, ela tomou conhecimento da posição importante que Marco Antônio se encontrava na Anatólia, que ocupava o cargo de governador da porção oriental do Império Romano. Estimulada pela ambição que lhe era comum, a rainha seduziu este outro romano iniciando com ele um relacionamento amoroso em 37 A.C.

Durante o período que estiveram em Alexandria, ela deu dois filhos a Marco Antonio que, em troca, devolveu-lhe os territórios de Cirene e outros, que até aquele momento, estavam sob o domínio do Império Romano.

A atitude de Marco Antônio, que se deixava dominar cada vez mais pelo pode de sedução da rainha, devolvendo-lhe as terras que haviam sido conquistadas pelo Império Romano, incomodou de tal forma o Senado romano, que, este, declarou guerra a ambos. Após serem derrotados por Otávio na batalha naval de Ácio, ambos cometeram suicídio, tendo Cleópatra se deixado picar por uma serpente, em Alexandria, no ano 30 a.C. Após isto, o Egito voltou às mãos de Roma.

Isis


Isis: Isis é a mais popular de todas as deusas egípcias, o modelo das esposas e mães , a protetora da magia invencível.

Após a morte de Osíris, ela reúne os pedaços de seus despojos, se transforma em milhafre para chorá-lo, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus.

Ela defende a bico e unhas seu pequeno contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e boa mãe de perfeito rei e sábio dos mortos, ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um assento com espaldar que é o hieróglifo de seu nome.

Meretseger


Meretseger: Ela é a dama da necrópole tebana, a deusa do cimo mais elevado que domina o maciço montanhoso. Sua notoriedade ultrapassa muito pouco o plano local, mas nestes limites é muito venerada, particularmente pelos operários do Túmulo.

Meretseger possui capelas em sua cidade, até mesmo nas casas, assim como um pequeno templo cavado na rocha perto do Vale das Rainhas onde está associada à Ptah. Protege os mortos e pode punir os maldosos.

Representada mais freqüentemente como uma serpente, às vezes com cabeça humana, ela pode também ser uma mulher com cabeça de serpente.

Bés


Bés: Ele parece um vilão mas, sob melhor julgamento, se vê que ele é benéfico. Parece um anão obeso, com pernas arqueadas e rosto pouco gracioso; mostra a língua ao espectador que o fita no fundo dos olhos! Por outro lado, ele protege contra mau olhados, ajuda nos partos, espalha alegria e caça os maus espíritos dançando e tocando música, além de proteger dos pesadelos aqueles que dormem. Estas são as razões pelas quais ele decora camas, apoios de cabeça, objetos de toalete, instrumentos de música...

Amenófis


Amenófis I: Venerado pelos operários, sem dúvida na qualidade de fundador da instituição do Túmulo. o rei Amenófis I divinizado é, por sua vez, um deus e uma espécie de santo patrono. Filho da rainha Ahemés-Nefertari e do rei Amófis, ignora-se onde estaria seu túmulo, mas seu templo de milhões de anos estava separado deste. A ele se dedicam estelas, além de uma festa suficientemente importante para dar nome ao mês durante o qual acontece. A estátua de Amenófis, conduzida em procissão por toda necrópole, produz oráculos.

Sekhmet


Sekhmet: Sekhmet, "o poder", é mau caráter e tem cóleras pavorosas que podem propagar no país ventos ardentes, epidemias e a morte. Apaziguada por festas e oferendas, torna-se possível obter sua ajuda contra Apófis - que se opõe ao andamento do sol - os inimigos do rei em tempos de guerra ou os agentes responsáveis pela doença no corpo dos homens. Seus sacerdotes são experts em magia e medicina.

Em Mênfis, Sekhmet é a esposa de Ptah e mãe de Nefertum. É quase sempre representada como uma mulher com cabeça de leoa, coroada com o disco solar.

Thot


Thot: Trata-se de um deus cordato, sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses. Divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais: a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia.

O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas".
Thot preside a medida do tempo: o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.

Neith


Neith: É a mais antiga deusa citada pelos textos, talvez a protetora do Baixo Egito bem antes da unificação do país. Venerada principalmente em Sais, no Delta, ela é representada como uma mulher que usa a coroa vermelha do Baixo Egito. Seu nome se escreve com duas flechas ou dois arcos, o que a designa bem como uma deusa guerreira.

Também é protetora, com Duramulef, do vaso canopo do estômago, ela parece ser uma divindade que basta a si própria, um dos raros princípios criadores femininos entre os deuses egípcios.

Ptah


Ptah: Deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e faz os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Representa em uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho o deus do nenúfar, Nefertum.

Hórus


Hórus: Filho de Osíris e Isis, Horus tem uma infância difícil, sua mãe deve escondê-lo de Seth que cobiça o trono de seu pai.

Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra.

Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão sempre usando as duas coroas de rei do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Horus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua.

Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das forma do sol, a que clareia a terra durante o dia. Criador do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é o deus mais importante de todos os deuses.


Hator


Hator: Hator é, junto a Isis, a mais venerada das deuses. Distribuidora de alegria, é a "dama da embriaguez" em honra de quem bebe vinho e toca música. Também é a protetora da necrópole de Tebas que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos.

É adorada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, de apenas uma mulher com cabeça de vaca ou simplesmente uma vaca. Um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas, às vezes basta para envocá-la.

Neftis


Neftis: Neftis é um dos filhos de Geb e de Nut, a irmã de Isis, Osíris e Seth. É esposa deste último, mas quando ele trai e assassina Osíris ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo.

Como Isis, ela protege os sarcófagos e um dos vasos canopos e usa seu nome na cabeça: um cesto colocado em um edifício.

É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.

Anúbis


Anúbis: Anúbis é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É mesmo o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias: a de Osíris. Todo egípcio espera beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia.

Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cachorro deitado em uma capela ou caixão. É representado como homem com cabeça de cachorro ou forma de um cachorro ou na forma de um cachorro selvagem. Este animal que freqüenta as necrópoles lhe é associado.

Maát


Maát: Esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente.

Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido.

É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Ela cuida dos tribunais e também possui templos.

Seth


Seth: Trata-se de um estranho galgo com longas orelhas cortadas, focinho recurvado e longa cauda fendida. Filho de Geb e de Nut, Seth é um deus complexo e ambíguo.

Da proa da barca de Ré, ele trespassa com sua lança os inimigos do Sol; ele serve ao faraó combatendo com a força de seu braço. Mas é perigoso, violento, imprevisível. A lenda de Osíris mostra-o em um mau dia: assassino de seu próprio irmão, ele persegue Horus com seu ódio, jamais Seth renuncia luta, pois ele é o necessário fomentador de problemas no mundo regido por Maát.

Osíris


Osíris: A história de Osíris pode ser interpretada de várias maneiras: primeiramente, nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a nascer e não representa mais elementos materiais do mundo (espaço, luz, terra, céu...).

Osíris é rei, esposo e pai: ele representa a existência das estruturas normais da sociedade humana. Outra versão: Osíris morto, destruído e ressuscitado evoca o retorno da cheia todos os anos, a morte, o renascimento da vegetação e dos seres humanos. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento.

Existe um antiga lenda envolvendo Osíris. A lenda de Osíris é sobretudo conhecida em sua versão grega. Osíris é o filho primogênito de Geb (a terra) e de Nut (o céu). Ele sucede seu pai no trono do Egito. Ciumento, seu irmão Seth o mata e espalha por todo país os pedaços de seu cadáver. Suas irmãs, Isis e Neftis, o reencontram e com a ajuda de Anúbis devolveram-lhe a vida para permitir a Isis conceber Horus. Tendo legado a realeza terrestre a seu filho. Osíris reina no mundo subterrâneo e julga os mortos, aos quais pode cooperar com o sol em sua viagem noturna.

Amon-Rá


Amon: Rei dos deuses, ele é o senhor dos templos de Luxor e Carnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Sua personalidade formou-se por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá: sob o nome de Amon-Rá, ele é o sol que dá vida ao país. A época de Ramsés III. Amon tornou-se um monárquico, mesmo titulo que Ptah e Rá. Frequentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Os deuses egipcios


Os deuses têm muito em comum com os homens: podem nascer, envelhecer, morrer: possuem um corpo que deve ser alimentado, um nome, sentimentos. No entanto, estes aspectos muito humanos escondem uma natureza excepcional: seu corpo, composto de matérias preciosas, é dotado de um poder de transformação, suas lágrimas podem dar nascimento a seres ou minerais.

Os poderes dos deuses são sempre comparados a algumas propriedades dos elementos da natureza ou dos animais, o que dá lugar a representações híbridas às vezes espantosas.

Para representar os deuses, todas as combinações são possíveis: divinidades totalmente humanas, deuses inteiramente animais, com corpo de homem e cabeça de animal, com o animal inteiro no lugar da cabeça (o escaravelho, por exemplo) ou com cabeça humana. A esfinge, imagem do deus-sol e do rei, é um leão com cabeça humana. Há animais comuns a muitas divindades (o falcão, o abutre, a leoa) e outros que são característicos de apenas uma (ibis de Thot, o escaravelho de Khepri).
Os egípcios mumificavam e enterravam seus animais domésticos. Sobretudo em uma data relativamente tardia, no decorrer do 1° milênio A.C. os egípcios sacrificavam animais para mumificá-los e amontoá-los aos milhares em cemitérios especiais. São, provavelmente, ex-votos que os devotos compraram dos sacerdotes para oferecer a seu deus seu animal preferido. O culto dos touros sagrados é muito mais antigo: um animal único torna-se uma manifestação terrestre do deus. Ele tem direito a um enterro com grandes pompas.

Mumificação

- Para transformar um corpo em múmia era muito caro naquela época. Portanto, apenas os faraós e sacerdotes eram mumificados.
- Alguns animais como, por exemplo, cães e gatos também foram mumificados no Egito Antigo.

DNA confirma identidade de rainha egípcia


Os primeiros resultados de um teste de DNA sugerem que uma múmia identificada recentemente como a "mulher-faraó" Hatshepsut realmente é a rainha egípcia. A informação vem de pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, que estudaram a múmia e seus prováveis familiares, também mumificados. No mês passado, um grupo de egiptólogos (especialistas na arqueologia e história do antigo Egito) anunciaram que um dente achado numa caixa de madeira com o nome de Hatshepsut se encaixava perfeitamente na boca de uma múmia que, até então, não tinha sido identificada. Agora, Angelique Corthals, egiptóloga biomédica de Manchester, que trabalhou em parceria com uma equipe do Centro Nacional de Pesquisas do Cairo, diz que os resultados preliminares da análise de DNA apóiam a idéia.

As amostras de DNA retiradas da múmia feminina não-identificada foram comparadas com o material genético da avó da lendária rainha, Ahmés Nefertari, considerada a matriarca dos faraós da décima-oitava dinastia egípcia (que durou de 1550 a.C. a 1292 a.C.), e com os restos do pai de Hatshepsut, o faraó Tutmés I. A própria Hatshepsut teria reinado entre 1479 a.C. e 1458 a.C. AFP Estátua retrata rainha ainda em vida de forma idealizada (Foto: France Presse) "A dificuldade de realizar testes de DNA com as múmias reais reside principalmente na quantidade de vezes em que esses restos foram manipulados, bem como nos processos químicos de mumificação", disse Corthals em comunicado. No caso da manipulação, aumenta o risco de que o DNA de pessoas que nada tinham a ver com o indivíduo mumificado apareça nos testes. "Ironicamente, as substâncias que preservam a aparência das múmias acabam danificando o DNA delas, mas nossa equipe conseguiu extrair pequenas quantidades de informação genéticas das áreas das múmias que foram menos afetadas pela contaminação. E, quando o DNA da múmia misteriosa foi comparado com o dos ancestrais de Hatshepsut, fomos capazes de confirmar cientificamente que os restos eram mesmo os da rainha da décima-oitava dinastia", concluiu ela.
Hatshepsut, cujo nome significa "A Primeira entre as Damas da Nobreza", foi a mais poderosa das mulheres a governar o Egito, exercendo poder maior até que o de Cleópatra. Seu reino também foi o mais longo entre o das mulheres-faraó nativas do Egito (rainhas de dinastias estrangeiras chegaram a reinar por mais tempo).

A equipe agora planeja fazer mais testes nas 40 outras múmias reais da dinastia, inclusive a do célebre faraó-menino Tutancâmon, para tentar responder uma série de questões importantes sobre a época em que elas viveram. Uma delas se refere a dois fetos encontrados no túmulo de Tutancâmon -- a idéia é saber se eles são mesmo filhos natimortos do jovem faraó.

O processo de mumificação


O processo era realizado por especialistas em mumificação e seguia as seguintes etapas:

1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se as víceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc. O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal.

2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão (espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias.

3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem. Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo.

4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre estas faixas.

Após a múmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcófago, que seria levado à pirâmide para ser protegido e conservado. O processo era tão eficiente que, muitas múmias, ficaram bem preservadas até os dias de hoje. Elas servem como importantes fontes de estudos para egiptólogos. Com o avanço dos testes químicos, hoje é possível identificar a causa da morte de faraós, doenças contraídas e, em muitos casos, até o que eles comiam.

Graças ao processo de mumificação, os egípcios avançaram muito em algumas áreas científicas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substâncias para conservar os corpos, descobriram a ação de vários elementos químicos.

Mumificacao

De acordo com a religião egípcia, a alma da pessoa necessitava de um corpo para a vida após a morte. Portanto, devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada a alma. Preocupados com esta questão, os egípcios desenvolveram um complexo sistema de mumificação.

Hieróglifos


A Literatura - floresceu nos diversos gêneros, destacando-se os escritos filosóficos, tais como: \"Máximas de Ptahhotep\", \"Canção do Harpista\", \"Diálogo de um Misantropo com sua Alma\", e nas obras religiosas, como \"Hino ao Sol\", de Amenófis IV. Os egípcios deixaram vários livros escritos, a maioria de temas religiosos como o famoso \"Livro dos Mortos\". A Escrita - os egípcios, desde os primeiros tempos, deixaram gravadas em pedra e vasos figuras de objetos, plantas e animais, que adquiriram valor representativo, dando origem à escritura hieroglífica, que significa \"gravação sagrada\". Quem a decifrou foi o sábio francês Jean-François Champollion, estudando um decreto sacerdotal escrito em hieroglífico, demótico e grego, da pedra de Roseta, encontrada por um soldado de Napollion, em 1799. Criou Champollion a Egiptologia, ciência que consiste em decifrar e traduzir as inscrições dos documentos egípcios. Na redação de documentos, adotaram os egípcios a escrita hierática. A escrita popular chamava-se demótica. Os egípcios escreviam principalmente numa planta chamada papiro, abundante às margens do Nilo. O miolo do papiro era cortado e as partes eram ligadas umas às outras e prensadas, formando rolos que inclusive eram exportados para povos vizinhos. O decifrador, Jean-François Champollion, foi um lingüista brilhante que trabalhou sobre uma cópia, de 1808, da inscrição da pedra de Roseta. Tendo lidado com essa cópia durante quatorze anos, jamais viu a própria pedra.

As pirâmides


Queóps: uma das mais importantes pirâmides do Egito Antigo Elas foram construídas há mais de 2500 anos e resistem até hoje. Cercadas de mistérios, despertam interesse de historiadores, arqueólogos e estudiosos de civilizações antigas. Como resistiram a tantos séculos? Que segredos guardavam dentro delas? Qual função religiosa exerciam na sociedade?

No Egito Antigo a religião seguida era politeísta, pois os egípcios acreditavam em vários deuses. Acreditavam também na vida após a morte e, portanto, conservar o corpo e os pertences para a outra vida era uma preocupação. Mas somente os faraós e alguns sacerdotes tinham condições econômicas de criarem sistemas de preservação do corpo, através do processo de mumificação. A pirâmide tinha a função abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences (jóias, objetos pessoais e outros bens materiais) dos saqueadores de túmulos. Logo, estas construções tinham de ser bem resistentes, protegidas e de difícil acesso. Os engenheiros, que eram sacrificados após a conclusão da pirâmide para não revelarem os segredos internos, planejavam armadilhas e acessos falsos dentro das contruções. Tudo era pensado para que o corpo mumificado do faraó e seus pertences não fossem acessados.

As pirâmides foram construídas numa época em que os faraós exerciam máximo poder político, social e econômico no Egito Antigo. Quanto maior a pirâmide, maior seu poder e glória. Por isso, os faraós se preocupavam com a grandeza destas construções. Com mão-de-obra escrava, milhares muitas vezes, elas eram construídas com blocos de pedras que chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem finalizadas, demoravam, muitas vezes, mais de 20 anos. Desta forma, ainda em vida, o faraó começava a planejar e executar a construção da pirâmide.

As coroas


E por fim, a coroa denominada de Coroa de Guerra, utilizada em cerimônias militares ou em guerras.

As coroas


Quando juntavam essas duas coroas, uma outra era formada, denominada Coroa Dupla, usada pelo rei do Alto e Baixo Egito.Essa coroa só começou a ser utilizada depois que o Egito foi unificado.

As coroas



Essa é a Coroa denominada Vermelha, usada pelo rei do Baixo Egito (parte norte do Egito).

As coroas


Os faraós, dependendo da região em que governavam, usavam um tipo de coroa diferente, e cada uma com uma representação:


Essa coroa era usada pelo rei do Alto Egito: denominada Coroa Branca, seu emblema real é uma serpente.(A parte Sul do Egito).


Exemplos de faraós famosos e suas realizações




- Tutmés I – conquistou boa parte da Núbia e ampliou, através de guerras, territórios até a região do rio Eufrates.

- Tutmés III – consolidou o poder egípcio no continente africano após derrotar o reino de Mitani.

- Ransés II – buscou estabelecer relações pacíficas com os hititas, conseguindo fazer o reino egípcio obter grande desenvolvimento e prosperidade.

- Tutancâmon – o faraó menino, governou o Egito de 10 a 19 anos de idade, quando morreu, provavelmente assassinado. A pirâmide deste faraó foi encontrada por arqueólogos em 1922. Dentro dela foram encontrados, além do sarcófago e da múmia, tesouros impressionantes

Os Faraós

Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política, religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido através de voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder.

Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população egípcia.

Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor arrecadado ficava com a própria família do faraó, sendo usado para a construção de palácios, monumentos, compra de jóias, etc. Outra parte era utilizada para pagar funcionários (escribas, militares, sacerdotes, administradores, etc) e fazer a manutenção do reino.

Ainda em vida o faraó começava a construir sua pirâmide, pois está deveria ser o túmulo para o seu corpo. Como os egípcios acreditavam na vida após a morte, a pirâmide servia para guardar, em segurança, o corpo mumificado do faraó e seus tesouros. No sarcófago era colocado também o livro dos mortos, contando todas as coisas boas que o faraó fez em vida. Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios acreditavam que Osíris (deus dos mortos) iria utiliza-la para julgar os mortos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A arquitetura


Os egípcios desenvolveram vários conhecimentos matemáticos. Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem até os dias de hoje. Templos, palácios e pirâmides foram construídos em homenagem aos deuses e aos faraós. Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram construídos com blocos de pedra, utilizando-se mão-de-obra escrava para o trabalho pesado.

Esculturas


Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas do ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia.

Pintura egípcia


As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa. A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.

Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica (as palavras e expressões eram representadas por desenhos).
As tintas eram obtidas na natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc).

Religiosidade

A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.

Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo para a vida seguinte. Esta seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam : chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).

Economia

A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).

Egípcios

A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas de escrita: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.

A civilização

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c. (domínio romano).

A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.